Tuesday, November 08, 2005

OITO

Bem, esse não é o tipo de texto que normalmente escrevo. Não fala sobre música ou uma banda, não fala sobre problemas sociais. Não é um conto falando de personagens incríveis, ou a letra de uma música que toca a alma de diversas formas. Não é realmente um texto que geralmente eu escrevo.
Pode ser uma crônica, sobre um menino dentro de um homem. Um homem que sangra (os joelhos hoje sangram), um homem que desconhecia o medo e que hoje em dia, respeita o mal que pode atingir sua alma. Ele aprendeu a temer o que não pode evitar, o mal para aqueles em sua vollta.
Pode ser uma crônica sobre um homem que mesmo se sentindo imortal, sabe que tem fraquezas, pois por mais que o chamem ou o achem um super-homem, o que realmente é uma bobagem (ele ainda é de carrne e osso), uns ainda acreditem que ele caminha acima dos outros, como uma divindade, ele tem um coração. Um coração que fraqueja, que sofre, que chora e sangra como qualquer mortal. Tem fraquezas de espírito, por mais que ele saiba e lute contra isso. Lute com o que ele chama de "lado negro do ser humano". Ele diz que não acredita mais no ser humano,mas ainda apoia, ensina, passa um pouco do que ele detesta chamar de experiência, pois apesar de alguns o acusarem disso, ele detesta a arrogância, principalmente a arrogância da sabedoria e da idade. Quando se possui essess predicados, a tendência ao erro é inevitável.
Ele é um homem que vaga pela terra. Tem seus amores. Inexoráveis e intocáveis que trazem seu equilíbrio. Ele tem família. Trabalha, ganha seu sustento, dorme pouco, tem ideais e uma fé inabalável nele mesmo. Ele envelhece (33 é um bom número). Ama com o vigor da primeira vez, e vive como se fosse o último dia sempre, pois um dia ele pode acertar. Chora como qualquer um, sem se esconder, pois não se preocupa com o que os outros pensam. Detesta política. Não a que mostram sobre partidos, mas a maneira política de viver, concessões e permutações que a vida obriga a gente a fazer, mas ele, sangrando, aprendeu a fazer isso. Aprendeu a engolir a revolta e transformar em força. Aprendeu a viver entre humanos.
O homem reconheceu suas falhas, e ainda reconhece. Aprendeu com os erros e ainda quer aprender. Enfrenta medos que nunca teve para vencê-los. Aprendeu a saborear todos os momentos de uma passagem que pode ou não ser a única. Aprendeu que tudo que se deseja valhe a pena. Aprende com um dia depois do outro como é bom viver.
Ele parece arrogante às vezes (já falei sobre a arrogância, mas em momentos de fúria, o mal toma conta do seu coração e ele se torna humano, e cruel)). Sim acho o humano arrogante e cruel. E essa crônica mostra um homem que luta contra sua natureza. Luta para não fazer parte do todo. Luta para mudar o todo. Sabe de suas responsabilidades e as teme. Pensa muito no futuro e como fazer para as coisas funcionarem. E sangra silenciosamente por isso.
Um homem que na verdade não é nada mais que um homem. Um simples homem que sonhou.
Mais um ano vivo...
Quase oito de novembro de 2005.