Despertar (trecho)

"Fria noite em que abri meus olhos e vi o novo mundo que me esperava. Vi as cores novas que nunca havia percebido na antiga vida. Senti meu sangue queimar com vida em minhas veias e aprendi que minha fome sempre seria minha nova guia nesta nova jornada. E ao provar da minha inevitável e quase infinita longevidade, invés de prazer, senti medo, do que uma vida solitária e longa poderia me oferecer. Então entendi o preço que pagaria pela vaidade e luxúria dos meus atos..."

Fina fúria de tais versos, de um mundo confuso e deveras obtuso, sem regras nem seqüências, em tempos de guerra civil, perdidos agora estamos no coração do Brasil.
Medo que assola o centro, o interior e as capitais, levam a vida do presente de encontro aos ancestrais, onde estão aqueles líderes que nem me lembro tais, sem medo de um futuro que passado tornou de ferro, e hoje ferrujam mais.
Por onde anda a justiça, cega e sincera é tal dama, por que não aparece e nos encanta, e não nos deixa nesta espera, já não sei pra onde vamos, com esse tempo sem censura, entra ano e sai ano e me sinto em clausura.
Vou me embora esquecer o país, que desde pequeno me quis, mas não mostra unidade para me deixar mais feliz, e me sinto tão culpado pelas escolhas que eu fiz, pois se tenho consciência, deveria mudar tais coisas por aqui...